Caminhos delirantes
Descrição da imagem: fundo escuro, de folhas e galhos. A frente, várias florzinhas brancas de tamanho médio.
Caminhos Delirantes
(28/10/1987)
.
Vagando por caminhos escuros
Acompanhada de mim
É o mesmo que estar sozinha
Não ou companhia que valha
Há pouco tempo vagueio
Pelo meu imaginário
Passos tímidos, temendo o anoitecer
Nada é real
As questões do meu coração
Eu traduzo em gemidos
Em fases de intensa dor, viram uivos
Pego o meu amor e viro pelo avesso
Sei que um dia despertarei
Então, por hora, relaxe...
Olhos cegos que fitam o horizonte
Mar que abraça impotente
Os gritos, estes serão todos queimados
Como devem queimar todas as bruxas
Os que sobrem eu dissolvo
Entre uma lágrima e outra
Tudo ilusão
Atalhos são caminhos errantes do coração
E quem não busca coração
Fica livre da dor e do desencanto
Mas vira areia após o terceiro dia
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário