2 de abril de 2007

Da mais profunda pele


Descrição da imagem: flores silvestres, pequeninas, em tom vermelho, amarelo e rosado. Algumas em foco, outras fora dele.  Uma borboleta em tons branco, amarelo e preto repousa sobre uma das flores.


Da mais profunda pele

Sinto-me de dentro para fora.
A permissão primeira,
o comando de invasão de mim
vem de um ponto onde só eu domino.
Lá, onde vivem minhas vontades.

Algum lugar incerto
localizado entre meu peito e o meu útero,
onde sou rainha de mim
e ninguém me dá ordens,
a não ser, o meu outro eu.

Afinal, somos de pólos duplos
nós os seres que teimamos
permanecer pensantes
em pleno século XXI
– que ousadia!

Sinto-te pelos poros,
pois assim permiti.
Não acredito em outra forma
de relacionamento amoroso,
que não a que nos invade
com uma certa violência e desordem

E foi assim, de dentro pra fora,
que preparei sua chegada.
Derrubando guardas, desfazendo medos
festejando silenciosa,
entre sobressaltos e mansidão.
Primeiro a alma, depois o corpo
– essa armadura que passou a solicitar tua presença
em ondas cíclicas de alegria.

Pronto: amo-te!

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