22 de dezembro de 2006
21 de dezembro de 2006
Contraditório
Contraditório
Que somos nós?
Postado por Rita Mendonça às 12/21/2006 12:32:00 PM 2 comentários
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Coleção
Há muito coleciono perdas.
Tenho um álbum cheinho delas.
Todas organizadas em catálogo,
uma por folha.
As mais esquisitas,
eu mantenho em lugar de destaque,
em páginas decoradas com adesivos coloridos,
para que se chame atenção, como devido.
Luas, sóis, flores, boquinhas e estrelas sorridentes
fazem à moldura de minhas esperanças malogradas
Ultimamente, tem tanta gente
colecionando desencantos
que se não tomo providência logo,
minha coleção sairá do primeiro lugar do 'rancking'
e quero ser sempre a melhor da categoria.
Preciso aumentar minha coleção.Tenho uns desgostos repetidos
que não exponho, sabe?
Estão guardados em uma caixinha alaranjada,
tudo muito bem conservado na memória.
O motivo é que são exemplares raros,
mas que para mim aconteceram uma segunda vez.
Tem alguém com desapontamentos duplicados,disposto a fazermos troca, um por um?
Postado por Rita Mendonça às 12/16/2006 07:54:00 PM 2 comentários
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Segredos
Descrição da imagem: num tapete de vegetação verde repousam florzinhas parecidas com margarida,
só que em tom rosa bem chamativo e com miolinho branco.
Segredos
(Para Beatriz, também)
e nele também fiz morada
e me protegi por longos anos
entre os arbustos frondosos
e as flores gigantes de girassóis.
Conheço tuas fadinhas,
teus duendes,
e os teus príncipes também,
pois com eles convivi
entre aventuras e sorrisos.
Corremos juntos atrás do arco-íris,
dos vaga-lumes e das libélulas apressadas,
e nos atirávamos nos riachos cristalinos
e do alto dos penhascos em vôos rasantes.
Sei dos teus medos,
pois também vi os dragões
e os vampiros de olhos vermelhos
que se escondiam entre os sonhos bons
tentando surpreender.
E são assustadores, mesmo.
Mas asseguro a ti: não temas; tudo vai dar certo.
No final, é você quem vai vencer.
Tenha calma, portanto.
E desfrute das árvores que falam,
das nuvens de algodão que brincam
e dos rios de chocolate que se oferecem.
E confidencio: farão falta,
quando finalmente
vieres inteira para o lado de cá
onde tudo está envolto
em névoa cinzenta e pesada,
por nossa própria ousadia
de nos permitir entristecer
com coisas pequenas e sem importância.
E aconselho: guarde tudo na memória.
Guarde as lembranças todas.
Dos sóis sorridentes, das joaninhas lustrosas
e dos sapinhos peraltas
que brincam nas vitórias-régias.
Eles são o combustível para seguires adiante.
É que essas tuas coisinhas todas
são ensaios para as coisas grandiosas
que estão desenhadas em teu caminho, verás.
Sim, já me mostrasses teus propósitos
desde as sensações em meu ventre.
Impetuosa, determinada, resoluta.
Viesses com teus sinais e tuas missões.
Segue teu caminho.
E segue com flores nas margens,
com nuvens que guardam,
com luas que acompanham a caminhada
e com estrelas que iluminam tudo
para que não tenhas medo.
Nunca esqueças de necessidade de cor e versos
que tem os que nasceram de um sonho, como você.
Anjo meu, anjo de mim,
viver é o nosso segredo.
Guarde-o com cuidado.
Postado por Rita Mendonça às 12/14/2006 06:38:00 AM 0 comentários
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Um dia atrás do outro
uma junção de várias flores pequeninas e brancas foram um buquê natural.
Um dia atrás do outro
que viesse a me trazer glória ou prestígio,
Postado por Rita Mendonça às 12/13/2006 05:17:00 PM 0 comentários
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Missão no meu mundo
A minha ordem não tem graça alguma.
As coisas se dispõem compassadas
mas o ritmo desse compasso militarizado
é enfadonho em minha vida.
Vivo assim neste mundo.
Qual a última vez que andei descalça?
Deve ter sido o primeiro.
O primeiro e o último dia de aventura
se fundiram num só.
Provei e reprovei a idéia de liberdade
em um só ato.
Não tenho tempo
Para as coisas simples do mundo.
Tenho idéia fixa
em viver tudo o que tenho como meu,
por todo o tempo que possa.
E aí não tenho tempo
para muita coisa que reste no mundo.
Alguns vieram com propósitos
tatuados no pulso, na nuca, na sola dos pés.
A mim nada mais importa
que completar minha missão terrena.
A que foi tatuada em outro mundo.
Então, o tempo que seria tempo
de nada fazer, eu dedico a remoer idéias
e a decifrar enigmas
de um universo mais justo e solidário
que o que se põe.
Muitos vieram com a mesma marca.
Temos a missão de melhorar o mundo.
Nas horas que deveriam ser as vagas,
as dedicadas ao nada, não relaxo.
Nada de recreio, nada de intervalo.
Construo, destruo e reconstruo,
sem trégua.
Tenho a obrigação de melhorar o mundo
A minha ordem me mata aos poucos.
Mas, cedo ou tarde, quem é que não vai morrer?
Então, pouco importa. Permaneço.
Se me foi dado vida e itinerário,
faço por onde merecer o mistério do mundo.
Incito povos, por meio do sangue misto que me habita,
fomento revoluções pessoais,
instigo discussões homéricas entre o ego e o id.
Quero ser o melhor que possa,
com esse corpo e essa mente com que vim ao mundo.
Alimento a alma, instruo a mente,
e para o corpo, litros e litros de creme hidratante
e óleos essenciais.
Tenho obrigação de ser o melhor possível,
neste mundo.
Ser agradável aos olhos faz parte da missão.
Fica mais fácil o convencimento, a persuasão.
Então me visto de brilho, seduzo, sorrio,
lanço olhares como flechas de conquista,
acendo incensos e conquisto o mundo.
Postado por Rita Mendonça às 12/13/2006 06:31:00 AM 0 comentários
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Duas gotas de delírio
Duas gotas de delírio
Na procura do que me dê forças
e sozinho não consegui encontrar.
Vou de carona num coração qualquer, de borracha,
que tem a forma que sonhei e nunca se rompe,
não pedindo alimento.
Ando de costas: tenho medo de traição.
Respiro fundo na esperança de purificação.
Tenho medo das palavras dos homens
Evito olhares que se cruzem e se choquem em dor.
Desvio os sorrisos que me causem espanto ou admiração.
Sei que sempre quero demais.
Mas tem muita coisa omitida em meu desejo.
Também sacrifico sonhos, coleciono frustrações.
Só que destilo tudo, e aí viram versos.
Postado por Rita Mendonça às 12/08/2006 09:42:00 AM 0 comentários
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Estimulando algodões
Algodão doce
Branco ou de leve cor
O cheiro é de amor
Macio ao tato
Gelatinoso à carícia
Receptivo às sensações
Respondendo às minhas fantasias
Cúmplice
Devoro com o meu desejo
Tateio em meus sonhos
A resposta que preciso é a tua procura
Pelas minhas mãos em teus seios.
Postado por Rita Mendonça às 12/08/2006 09:18:00 AM 0 comentários
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VÁCUO
(Julho/1987)
Traio a confiança de meu corpo cansado e doente.
Grito para o nada e espero o retorno do eco
Vindo do oco de meu vazio anterior.
É promessa, sim : juro me querer para sempre.
A mim faço essas promessas e outros fúteis desabafos.
Minha morada é no coração de quem há muito já se foi.
Corro pelo arrebol de minha consciência
Ela brilha, cansada, insistente.
Me procuro...
É claro que não me encontro.
Eu não existo!!!
Postado por Rita Mendonça às 12/08/2006 08:39:00 AM 0 comentários
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Meus queridos,
Desde agosto que baixou o "caboclo" e não paro de escrever.
Como uma benção, foi lançado o edital para o concurso "Alagoas em Cena".
Não deu outra: corri, juntei tudo o que tinha escrito e agora sou uma das candidatas no certame.
Se for escolhida, publico o meu livro.
Se não, vou me esforçar para lançá-lo independente, em breve.
Todos os poemas a serem publicados estão divulgados neste blog.
Eis o primeiro esboço da capa. Obrigada pela força, Jurandir Bozo, Bob Omena, Emanuel Galvão e Napoleão Idelfonso.
Torçam por mim, ok?
28 de novembro de 2006
25 de novembro de 2006
Palavras de absinto em meu jardim
Descrição da imagem: vários cravos, em tons de vermelho e amarelo. Ao centro, um cravo cujas pétalas são em degradê branco e vermelho.
Palavras de absinto em meu jardim
Adormeci no jardim
e acordei com o perfume das floresimpregnando o nariz. Logo descobri que estava fixado na base de minha nuca, no jardim que criteriosamente imprimi em relevo para nunca mais esquecer de onde vim, para onde vou e o que sou. O cheiro, adquiri no repouso. É que fiz um travesseiro de gérberas e das tantas outras flores vermelhas, que colhi no escuro da noite, para depositar meu cansaço, depois que enfrentasse os fantasmas perfumados. O perfume era de absinto, Misturado com suor e medo de fracasso. Adrenalina!!! Os cães loucos vão me farejar!!! Sempre soube do perigo de adentrar no jardim Depois que o sol se pusesse. Mas fui. Estou enfrentando os medos! E consegui me acalmar o suficiente para adormecer, ainda que de cansaço, ao menos por alguns minutos, quando tudo estava em silencioso e calmo, pouco antes do nascer do sol, lá no horizonte. Sua luz anunciava Que o perigo tinha sido vencido, Ao menos por mais um dia. Estou ousando mais: ando ensaiando passos mais firmes entre os canteiro irregulares de perigo e beleza. Há palavras pontiagudas se espalhando por todos os lugares, escondidas entre as pétalas e as folhas, em forma de pequenas lanças, imitando espinhos agressivos, ocres, insistentes, traiçoeiros. Todo o cuidado é pouco: se me picarem, sob o torpor do quase-veneno, escreverei sem fim, revelando segredos, medos e desejos. Desse jeito confessarei quando foi que fraquejei e quando perdi o interesse de prosseguir. “Não, não se assuste tanto assim...” As coisas mudaram. Os meus dedos estão calejando cada vez mais depressa. Estou sobrevivendo cada vez mais imune às feridas envenenadas. A pele da ponta dos dedos engrossou. Já coleciono várias cicatrizes. Mas sou exigente: para acreditar os ensaios dispensáveis, entendo que careço de mais dor. “Tenha calma”. A diferença fundamental é que os espinhos hoje em dia, até penetram, machucam, mas tudo fica por aí. Não conseguem mais profundidade para oferecer risco de ferida de morte ou mutilação. Tem momentos em que me vem o arrepio da proximidade do perigo. Mas aprendi que este é o momento em que se precisa ter calma. Sento em algum cantinho do jardim e pacientemente vou forçando a saída do espigão. Às vezes demora anos para ser expulso. “Mas, paciência. Sempre sai”. Fico aguardando, quando nada posso fazer... E quando sai, volto a me jogar para frente. Cabelos ao vento e fúria de uma primeira vez. Às vezes, quando se força a saída, O espinho se parte em pedaços e algo de sujo e endurecido permanece por dentro, contaminando, corroendo, inflamando... Mas passei a entender o processo: isto contribui para a formação da calosidade, que é o que me protege. “Sai, paciência, que sempre sai”. Pele grossa é pele feia, árida e sem viço. Mas é pele útil, levando-se em consideração a necessidade de vencer a guerra de sentimentos tão própria da natureza humana. O tempo... O tempo vem me fazendo os calos... Ainda não tenho como avaliar se foi boa coisa o que ele me fez. Vou precisar de mais tempo para poder responder... Enquanto isso, vou circulando os canteiros já em postura de “vencedora de batalha”, provocando as flores e desafiando as palavras aos berros. Assim, obrigo-as a me atacar de novo, e de novo, e de novo... Continuo a guerra santa, acelerando o meu treinamento pra vida. É que tenho pressa. Quero bom êxito agora, para me atirar neste restinho de tempo que ainda me sobra. |
Postado por Rita Mendonça às 11/25/2006 08:40:00 AM 0 comentários
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Caminhos delirantes
Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:35:00 PM 0 comentários
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Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:34:00 PM 0 comentários
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O beijo não vem da boca
Numa sanha louca
Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:32:00 PM 0 comentários
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Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:29:00 PM 0 comentários
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Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:25:00 PM 0 comentários
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Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:23:00 PM 0 comentários
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Ao centro de cada pétala, outras pétalas menores, brancas. O centro da flor é amarela.
Alcatraz
Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:20:00 PM 0 comentários
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ao centro, pendem duas flores, uma rosa e uma lilás.
Poeminha Colorido
Num dia AZUL
Juntamos nossos corpos MORENOS
Por sobre a VERDE relva
Num enroscar contínuo de braços e pernas
O sol tratou de se esconder
VERMELHO de vergonha
Atrás das BRANCAS nuvens
Que curiosas
Participavam de nosso amor
Já as VERDES árvores
Nos presenteavam
Com uma alegre sinfonia
E algumas TRANSPARENTES
Gotas de orvalho
Que lavava nossos corpos suados
Perdidos em devaneios múltiplos
A noite veio mais cedo
Pois as estrelas curiosas
Já não se contiam
E emitiam um BRILHO intenso
Para melhor nos observar
A coitada da lua EMPALIDECEU
E a emoção era tanta
Que toda a natureza
Gozou junta
Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:16:00 PM 0 comentários
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um cravo de pétalas rosadas e pontas brancas
Triângulo de Emoções
(29/10/1987)
Eram duas arestas
De emoções paralelas
Formas perfeitas
Retilíneos desejos
Causas e formas
De admirável nexo
E tornaram-se três
De exatos ângulos
Um triângulo sentimental
Postado por Rita Mendonça às 11/23/2006 12:03:00 PM 0 comentários
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Peito de Mulher
Descrição da imagem: Diversas flores azuladas,
com algumas pontas de pétalas amarelas e centro verde
Peito de Mulher
(1986)
E esquece
De permanecer oculto
Trazendo a mostra
O que a blusa transparente
Pouco guarda.
Montes espessos
De cor formosa
Guarda no íntimo
O coração digno.
A áurea é rosa
A auréola é rósea
O cheiro é de fêmea
A menina é a que dorme
Quando acordada
é a mulher que comanda.
O seio é firme e úmido.
E quando a gravidade
Ou a gravidez
Vencer a firmeza
A dignidade do coração
É que fará às vezes da rijeza.
E permanecerão belos.
Peito seduz e traz prazer
O que faz com que se esqueça
Que com ele também vem segurança
E combustível para a vida.
Simbólico como a flor
Faz escravo os seus homens-meninos
Que endeusam este templo sagrado
Com poemas de amor.
Postado por Rita Mendonça às 11/22/2006 10:34:00 PM 0 comentários
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Por enquanto, nada
Por enquanto, nada(28/09/1987)
Arde a chama do sentimento perdido.
Ao mesmo, tempo chove uma chuva.
Tão fina... quase imperceptível,
vista somente pelos meus olhos tristes.
Olhos que miram, sem perspectiva, o horizonte.
Chove chuva, chove lágrimas, chove mágoas.
Tento mergulhar nela de cabeça
Lavar as angústias, os pensamentos que pesam,
tirar seu cheiro
e extinguir a labareda incessante
que lapida meu coração de pedra
num formato que não desejo.
A isto, chamo amor.
Engulo minhas lágrimas secas,
suavizadas pelas gotas de chuva ácida.
O que me resta, esta sou eu mesma.
Tornei-me tão comum ao tentar me retratar para ti...
Numa eterna guerra interior
fiz um amor mudo, sem palavras.
Eu não falo nada, mas você sabe tudo.
Querendo o teu erro,
traduzo-me em tua língua.
Língua ávida de beijos,
e você nem ao menos saberá.
Espero, ansiosa, o sorriso
que dissolverá a incerteza.
Mas ele não vem.
Nada mais faz sentido: estou sem você.
É o fim do amor?
Oh, não! Eu terei minha chance de sofrer.
É que eu estou em você.
E vou me ludibriar, até que se acabe o amor.
Mas aí eu te darei mais amor.
E tudo começa de onde nem terminou.
Mergulho no teu profundo azul.
E vou acabar me afogando.
A estrela vai se apagando...
Sinto o teu carinho estrangulando
Entrego-me a um momento casual...
E para o que não tem solução,
é proibido chorar.
Faço do meu louco amor
minha única e doce ilusão.
E enquanto canto uma canção desentoada,
chorando minha mágoa, calada,
e pedindo que não me condenes à tua ausência.
Pois eu não sou inteira - a isto chamo solidão.
Postado por Rita Mendonça às 11/21/2006 12:05:00 PM 2 comentários
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Pane Sentimental(09/09/1987)Eu já nem sei se é a ti mesmo que quero
.
ou se o que quero é o meu eu,
que por ti anda perdido.
Eu já nem sei se desejo o teu desatino
ou se apenas me enfeitiço com teu olhar felino.
Teu corpo é supérfluo,
tua mente dispensável.
Então o que quero?
Um momento agradável?
Eu não sei. Não me pergunte.
Eu acho que esqueci.
A tua pergunta é a minha resposta.
E se insistires em indagar,
respondo algo que já li.
Ando meio “down”,
embora minha entrega seja total.
Ando sofrendo, você me diz
É verdade, estás certo
Mas no mais das vezes, eu sou feliz
Porque sou cheia de minha própria luz - a da Estrela.
Postado por Rita Mendonça às 11/21/2006 12:00:00 PM 0 comentários
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Achem meu coração(11/09/1987)
Achem meu coração
Que se perdeu na primeira curva,
na primeira paixão.
Achem meu coração
Que partiu sozinho
rumo errante...
Achem meu coração decepção.
Achem meu coração.
O que já não palpita
mas se precipita.
Achem meu coração
O que sempre foi traquino.
Mas que na dor fugiu feito menino.
Achem meu coração.
O que gosta de aventura e de emoção.
Achem meu coração
Dê-me vida
Sem ele sou só decepção
Achem meu coração...
Achem meu coração...
Postado por Rita Mendonça às 11/21/2006 11:56:00 AM 0 comentários
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Sonhando demais(Em 21/08/1987)
Eu queria ter você pra mim
Assim...
Sem precisar dizer “eu te amo”.
Eu queria o teu cheiro, o teu paladar.
Eu queria afagar os teus pêlos,
enquanto tuas mãos repousassem em mim,
tocando o meu corpo virginal... de você.
Me dá um beijo, por favor...
Mata o meu desejo...
Mesmo por caridade.
No fundo eu não quero o teu ser.
Dá ele a eternidade...
E quero a tua essência
Teu cheiro que me seduz
Em troca, te dou o nada
Só a exaustão do despertar do amor.
Postado por Rita Mendonça às 11/21/2006 11:55:00 AM 0 comentários
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Perdendo tempo
Postado por Rita Mendonça às 11/20/2006 12:10:00 PM 0 comentários
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Indescritível felicidade
Descrição da imagem: ao fundo, céu azul. Do lado esquerdo da foto, pende uma flor rosada.
Indescritível Felicidade
eu não sou triste!
Esta é apenas uma maneira efetiva
para vomitar desconfortos
que porventura me invadam
durante o trabalho
no horário comercial.
Até aí, tudo normal.
E por falar em comércio,
a jogada é essa:
transforma-se em negócio rentável
o que se expele pelos dedos.
Em vez de socos, palavras.
Palavras indesejadas - as de absinto.
Afinal, nada pode ser em vão,
e até as desgraças têm uma razão.
Após um dia cansativo de trabalho,
Nada melhor que expelir com ímpeto
a fadiga em forma de poema.
Respeite-se a rima,
já que trabalho é coisa séria.
Amigo triste, filho doente,
ou contas a pagar,
justificam um soneto.
Amor não correspondido
providencie um haicai.
Morte de quem se ama,
Comunica-se por dois quintetos
e três sextetos, alternados,
de versos brancos, simples.
Não se exija muito
em situações de dor.
E os momentos bons???
Estes, eu guardo para mim
e nunca registro.
Momentos bons são indescritíveis.
Não sei como explicar um beijo,
um buquê de flores,
o calor que vem do sexo,
o cheiro de chocolate,
o nascimento de um filho,
a sensação de um mergulho no mar,
uma tarde na rede, coca-cola bem gelada.
Não levo jeito para ruminar felicidade.
Agarro os momentos bons com energia
- pois tenho medo que eles fujam -
e os vivo intensamente.
E só.
Postado por Rita Mendonça às 11/09/2006 05:14:00 PM 0 comentários
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Artigos Relacionados:O casamento perfeito
vai bem com a minha tristeza.
E assim seguimos
nos enroscando em espiral.
E assim passamos horas
absorvidos na dor,
em alimento à infelicidade,
numa manobra insegura e dorida de contorção,
à procura de aconchego.
Aprendemos, antes de tudo,
a importância da mesma estratégia de sobrevivência:
fazer da lágrima o combustível para gerar vida.
Por isso a identificação imediata,
entre os tantos que caminhavam sob o mesmo sol.
Desde a primeira vez que sentimos o cheiro
da vontade mútua de desaparecer,
em meio a muita fumaça esverdeada,
sabíamos que haveria entendimento
fosse a linguagem vocal,
de gestos ou da mais completa paralisia.
Quando eu simplesmente te negasse sons
ou fechasse os olhos, sabia:
alcançarias a intenção das palavras caladas.
E tu sabias que eu tomaria as atitudes certas
e te protegeria dos constrangimentos,
toda vez que, enfraquecido,
deixasses o personagem entrar em cena
entoando, sem tua permissão,
entre galhadas sonoras
e gestos de alegria exagerada
os teus mais secretos medos.
Cheirávamos a porto seguro.
Então, selamos o pacto de dor.
Prometemo-nos fidelidade eterna:
Só para teus olhos derramaria minhas lágrimas.
Só em mim buscarias guarida do medo da noite.
Só nos teus ombros,
eu descansaria o peso que carrego.
Só em meus ouvidos maldirias o mundo.
Só em tua boca depositaria meu desânimo.
Só a mim permitirias
exalar o cheiro da tua desistência.
Pela benção do sagrado, viramos um.
Na tristeza e na tristeza.
Na doença e na doença.
Por todos os lentos dias de nossa vida.
Serias meu homem... seria tua mulher...
Até que a morte nos unisse
em energia decadente
para todo o sempre.
Postado por Rita Mendonça às 11/09/2006 04:01:00 PM 0 comentários
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