Sexo sem amor: "Você me entende?"
Descrição da imagem: tapete de folhagem verde de onde brotam florzinhas mescladas em rosa e branco.
Sexo sem amor. “Você me entende?”
Sexo sem amor. “Você me entende?”
Eu faço amor, com a força de quem te ama...
E depois visto minha roupa e sorrio para o mundo,
sem olhar pra trás uma vez sequer.
E sei que isso te nauseia
Afinal, até então,
não conhecias mulher alguma
que se entregasse a gozar e sorrir
e ignorasse o dia seguinte.
Sei que não conhecias mulher
que se despreocupasse com os nomes e os pactos.
Ora, isso era pra ser segredo só dos homens.
Te informo: tenho útero, mas faço parte dessa “irmandade”.
Sinto o preto dos teus olhos
acompanhando meus movimentos todos.
É hora do almoço: devoro-te.
Teus olhos seguem, atentos,
a minha entrega e o meu refazer.
Acompanham-me quando, calmamente,
ponho de volta o meu vestido preto.
Cubro as marcas do que fizemos,
com um preto que nem brilha
e nem brinca com transparências.
Austero.
Refaço-me.
Levo comigo, discretamente,
aqueles cheiros todos
que nas poucas horas
estabelecidas para o repouso de quem trabalha,
nós misturamos em alquimia e a exaustão.
Permanecem só o preto e os odores.
Refaço-me.
Da avassaladora, nada mais existe;
volto à invisibilidade que me cai tão bem.
Há um sinal: um leve decote,
para que teus olhos pretos, cúmplices,
relembrem as fantasia e os segredos de nós,
que guardo displicente e silenciosa.
Sou fantasia.
Entendes?
Em dias de ventania, mostro-me mais.
O vento nordeste adora os meus joelhos.
Os nós dos meus joelhos revelam desejos quentes
E trazem lembranças inconfessáveis,
de almoços memoráveis, celebrações de vida,
encontro entre amigos
dos quais estive inexplicavelmente ausente,
porque te devorava
– uma outra forma de celebrar a vida.
E depois visto minha roupa e sorrio para o mundo,
sem olhar pra trás uma vez sequer.
E sei que isso te nauseia
Afinal, até então,
não conhecias mulher alguma
que se entregasse a gozar e sorrir
e ignorasse o dia seguinte.
Sei que não conhecias mulher
que se despreocupasse com os nomes e os pactos.
Ora, isso era pra ser segredo só dos homens.
Te informo: tenho útero, mas faço parte dessa “irmandade”.
Sinto o preto dos teus olhos
acompanhando meus movimentos todos.
É hora do almoço: devoro-te.
Teus olhos seguem, atentos,
a minha entrega e o meu refazer.
Acompanham-me quando, calmamente,
ponho de volta o meu vestido preto.
Cubro as marcas do que fizemos,
com um preto que nem brilha
e nem brinca com transparências.
Austero.
Refaço-me.
Levo comigo, discretamente,
aqueles cheiros todos
que nas poucas horas
estabelecidas para o repouso de quem trabalha,
nós misturamos em alquimia e a exaustão.
Permanecem só o preto e os odores.
Refaço-me.
Da avassaladora, nada mais existe;
volto à invisibilidade que me cai tão bem.
Há um sinal: um leve decote,
para que teus olhos pretos, cúmplices,
relembrem as fantasia e os segredos de nós,
que guardo displicente e silenciosa.
Sou fantasia.
Entendes?
Em dias de ventania, mostro-me mais.
O vento nordeste adora os meus joelhos.
Os nós dos meus joelhos revelam desejos quentes
E trazem lembranças inconfessáveis,
de almoços memoráveis, celebrações de vida,
encontro entre amigos
dos quais estive inexplicavelmente ausente,
porque te devorava
– uma outra forma de celebrar a vida.
5 Comentários:
Gostei muito!Palavras são assim,é como um vento que suave nos embala, nos envolve e nos inspira -ao deixarmos ser tocados por elas:doça o nosso ser imprimindo suas digitais ao mais profundo da nossa alma. J.T.Galdino
a poesia nao enche barriga ,mas enche a alma de alegria e as vezes tbm denota umpppouco de tristeza.por isso eu gosto tanto de escrever.a melhor terapia do mundo!!!!
Entendo...claro que entendo.
Afinal, por quê não podem ser as mais diversas as formas de celebrar a vida ?
Cadê a blogueira que estava aqui ?
O gato comeu ?
Amei:
"O vento nordeste adora os meus joelhos."
Vilma (retribuindo a visita e gostando do que leu)
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